Com o avanço da tecnologia médica, a expectativa de cura e sobrevida dos pacientes com câncer vem aumentando consideravelmente nos últimos anos. Entretanto, quando o assunto é fertilidade, os dados não são tão animadores. Os pacientes em idade fértil submetidos à quimio ou radioterapia têm chance de perder sua capacidade reprodutiva de forma transitória ou permanente após o tratamento, em função da destruição total ou parcial da reserva ovariana e diminuição ou parada total da produção dos espermatozóides.
Nasce então o conceito de ONCOFERTILIDADE, que faz a interação entre a medicina oncolôgica e a reprodutiva, para em conjunto decidir a melhor opção de preservação e manutenção da fertilidade para pacientes que farão tratamentos oncológicos.
O processo mais adequado é o encaminhamento do paciente pelo próprio oncologista para especialistas em reprodução assistida.
O melhor momento para cuidar da fertilidade destes pacientes é atuando antes de iniciar o tratamento oncológico, com a vitrificação de óvulos, congelamento de espermatozóides embriões ou tecido ovariano ou testicular, em tempo hábil, sem prejudicar a saúde do paciente.
Em média, a mulher leva de 10 a 15 dias para preservar sua fertilidade, ao obter óvulos ou embriões, que serão criopreservados, através da técnica de criopreservação de óvulos ou embriões. Embora a preferência é a vitrificação de óvulos, técnica consagrada, segura e eticamente melhor recomendada.
Para os homens, o tratamento é bem mais simples e, em até cinco dias, podem ser recolhidas e armazenadas 02 ou 03 amostras de sêmen, que permitem uma excelente reserva reprodutiva.
Dr. Carlos Portocarrero
Reprodução Assistida em Brasília
Tratamento contra endometriose e infertilidade