O útero é revestido por uma mucosa chamada endométrio, onde o óvulo fertilizado se implanta. Quando não há fecundação, essa camada se desprende e é eliminada do corpo por meio da menstruação. É possível que ao longo do processo de descamação algumas células não saiam e, através das trompas, instalem-se e multipliquem-se em outros locais como a cavidade abdominal. Esse fenômeno recebe o nome de endometriose. A forma mais agressiva da doença é a endometriose profunda, caracterizada pela invasão do implante superior a 0,5cm, alojando-se indiscriminadamente em várias partes, como intestinos, ovários, trompas, bexiga, ligamentos de sustentação do útero e septo retovaginal (espaço entre reto e vagina). Isso leva à alteração da anatomia pélvica e, portanto, infertilidade e dor de intensidade variável. Há casos gravíssimos em que os implantes chegam aos nervos, diafragma e pulmões.
É bem verdade que muito ainda precisa ser explicado sobre a relação entre a patologia e a infertilidade, porém sabe-se que a endometriose profunda pode levar à dificuldade de engravidar nos mais diferentes níveis. Os principais aspectos verificados indicam que a doença:
- interfere na interação óvulo/espermatozoides, por conta de substâncias e células inflamatórias;
- compromete o percurso feito pelo óvulo dos ovários para as trompas;
- dificulta os movimentos das trompas, que passam a aderir a outros órgãos;
- atrapalha nos processos de implantação e desenvolvimento do embrião;
- contribui para anormalidades miometriais;
- favorece condições de aborto.
De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE), entre 50% e 70% das vítimas de endometriose têm infertilidade. Na situação contrária, nos diagnósticos de infertilidade, em 40% dos casos há endometriose.
Não há porque falar que toda mulher com endometriose profunda é infértil e vice-versa. Porém, é preciso considerar que a doença tem grande interferência no aparelho reprodutor e em suas atividades. Diante disso, o diagnóstico precoce é uma condição imprescindível para tentar evitar ao máximo as complicações. Quanto mais cedo o médico identifica a causa e inicia o tratamento, aumenta-se a chance de impedir o avanço do problema para um quadro de infertilidade.
Ao primeiro sinal e sintoma, como dor pélvica, cólica menstrual intensa, fluxo menstrual abundante, infecções urinárias frequentes, dor durante e após a relação sexual, procure um especialista, o quanto antes. Por meio de um exame clínico e de resultados das avaliações complementares (ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal para mapeamento da endometriose ou ressonância magnética da pelve), ele conseguirá decidir pela maneira mais rápida e eficaz de combater a doença.
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