Preservação da fertilidade em pacientes com câncer de mama: guia completo sobre oncofertilidade. Dr. Carlos Portocarrero – Brasília, DF.
Preservação da Fertilidade em Pacientes com Câncer de Mama
O diagnóstico de câncer de mama em mulheres jovens traz consigo não apenas a preocupação com o tratamento oncológico, mas também questões fundamentais sobre o futuro reprodutivo. A oncofertilidade câncer de mama representa uma área especializada que conecta o cuidado oncológico com a medicina reprodutiva, oferecendo esperança para mulheres que desejam preservar sua capacidade de ter filhos após o tratamento.
No Brasil, aproximadamente 30% dos casos de câncer de mama ocorrem em mulheres com menos de 50 anos, muitas ainda em idade reprodutiva. Esta realidade torna essencial o diálogo sobre preservação da fertilidade desde o momento do diagnóstico.
Aviso Médico: Este artigo é informativo e não substitui consulta médica especializada. Para diagnósticos e tratamentos, agende consulta com Dr. Carlos Portocarrero.
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O Impacto do Tratamento do Câncer de Mama na Fertilidade Feminina
Os tratamentos oncológicos, embora essenciais para combater o câncer, podem afetar significativamente a função ovariana e a capacidade reprodutiva. A quimioterapia, especialmente os agentes alquilantes como ciclofosfamida e doxorrubicina, podem causar danos aos folículos ovarianos, levando à diminuição da reserva ovariana ou até mesmo à menopausa precoce.
Fatores que Influenciam o Impacto na Fertilidade
A idade da paciente no momento do tratamento é um fator crucial. Mulheres mais jovens, especialmente aquelas com menos de 35 anos, têm maior probabilidade de recuperar a função ovariana após o tratamento. Além disso, o tipo e a intensidade da quimioterapia, bem como a necessidade de radioterapia na região pélvica, influenciam diretamente o prognóstico reprodutivo.
A preservação da fertilidade deve ser discutida idealmente antes do início do tratamento oncológico, quando temos mais opções disponíveis e melhores resultados” – Dr. Carlos Portocarrero, especialista em reprodução assistida e oncofertilidade.
Técnicas Modernas de Preservação da Fertilidade
Criopreservação de Óvulos
A vitrificação de óvulos é considerada o padrão-ouro para preservação da fertilidade feminina. O procedimento envolve estimulação ovariana controlada seguida de aspiração folicular para coleta dos óvulos maduros, que são então congelados em nitrogênio líquido. Esta técnica oferece taxas de sobrevivência superiores a 90% após o descongelamento.
Criopreservação de Embriões
Para mulheres que possuem parceiro ou optam por utilizar sêmen de doador, a fertilização in vitro seguida de criopreservação embrionária representa uma excelente opção. Os embriões podem ser preservados por anos, mantendo seu potencial de implantação.
Preservação de Tecido Ovariano
Esta técnica experimental, mas promissora, envolve a remoção cirúrgica de fragmentos do córtex ovariano antes do tratamento oncológico. O tecido é criopreservado e pode ser reimplantado após a cura do câncer, potencialmente restaurando a função hormonal e reprodutiva.
Quando Procurar um Especialista em Oncofertilidade
O momento ideal para buscar orientação sobre preservação da fertilidade é imediatamente após o diagnóstico de câncer de mama, antes do início de qualquer tratamento oncológico. Esta janela de oportunidade é crucial, pois permite o planejamento adequado e a execução dos procedimentos de preservação sem atrasar o tratamento do câncer.
Sinais de Alerta e Indicações
Todas as mulheres em idade reprodutiva diagnosticadas com câncer de mama devem ser informadas sobre as opções de preservação da fertilidade. Isso inclui mulheres solteiras, aquelas que ainda não decidiram sobre ter filhos e até mesmo aquelas que já têm filhos, mas desejam manter a possibilidade de futuras gestações.
A avaliação da reserva ovariana através de exames como hormônio antimülleriano (AMH) e contagem de folículos antrais por ultrassonografia transvaginal é fundamental para determinar a urgência e as melhores estratégias de preservação.
% dos casos
Câncer de mama em mulheres jovens
% sobrevivência
Taxa de óvulos após criopreservação
Idade limite
Melhor recuperação ovariana
Anos experiência
Dr. Carlos Portocarrero
Opções de Gravidez Após o Tratamento do Câncer de Mama
Após a conclusão bem-sucedida do tratamento oncológico, muitas mulheres podem realizar o sonho da maternidade utilizando os gametas ou embriões preservados. O tempo de espera recomendado varia conforme o tipo de tratamento recebido, mas geralmente situa-se entre 2 a 5 anos após o término da terapia.
Considerações Médicas Especiais
A gravidez após câncer de mama requer acompanhamento multidisciplinar envolvendo oncologista, obstetra especializado em gestação de alto risco e especialista em reprodução assistida. Estudos mostram que a gravidez não aumenta o risco de recidiva do câncer de mama, especialmente em casos de tumores com receptores hormonais negativos.
É fundamental que as pacientes compreendam que a gravidez após o tratamento do câncer de mama é não apenas possível, mas também segura quando adequadamente planejada e acompanhada” – Dr. Carlos Portocarrero.
Avanços da Medicina Reprodutiva para Pacientes Oncológicas
Inovações Recentes
Entre as inovações mais promissoras estão os protocolos de estimulação ovariana com início em qualquer fase do ciclo menstrual (random start), permitindo maior flexibilidade no timing do tratamento. Além disso, o uso de inibidores da aromatase em pacientes com tumores hormônio-dependentes tem se mostrado seguro e eficaz.
Dr. Carlos Portocarrero - Especialista em Oncofertilidade
Experiência e Formação
- CRM-DF: 9567 | RQE: 12695
- Formação: Universidad Nacional Mayor de San Marcos
- Especialização: IVI – Instituto Valenciano de Infertilidade (Espanha)
- Experiência: Mais de 24 anos em reprodução assistida
- Ex-Presidente: Sociedade de Ginecologia Obstetrícia de Brasília (2014-2015)
- Professor: Centro Universitário UNICEPLAC
Especialidades
- Oncofertilidade
- Fertilização in vitro
- Endometriose
- Cirurgia robótica
- Videoendoscopia
Aviso Médico
Estas informações têm caráter educativo e não substituem uma consulta médica. Para diagnóstico e tratamento adequados, procure orientação de um profissional qualificado.
Dr. Carlos Portocarrero – CRM-DF: 9567 | RQE: 12695